A
contação de histórias é um precioso auxilio pedagógico para
desenvolver diferentes habilidades e competências nas séries
iniciais, além de ser um incentivo a prática de leitura. Contar
histórias é uma das atividades mais antigas da humanidade, muitas
narrativas que desfrutamos hoje por meio de livros foram transmitidas
oralmente até serem registradas, foi o que ocorreu com os contos
maravilhosos e lendas, por exemplo.
A
contação de histórias auxilia no processo de aquisição,
desenvolvimento da linguagem e ampliação do vocabulário, além de
auxiliar na atenção, memorização, reflexão e observação. A
literatura infantil auxilia a criança no processo de descoberta de
sua identidade, as histórias sensibilizam, divertem, aliviam as
tesões emocionais, as crianças podem incorporar valores sociais e
resolver conflitos individuais por meio da identificação com
personagens.
Contar
histórias não é o mesmo que ler. Contadores de histórias são
figuras ancestrais presentes no imaginário de muitas gerações
desde a antiguidade, acreditava-se que o próprio contador era
detentor de saberes mágicos, as narrativas contadas ao redor da
fogueira durante a noite, somada a voz e a dramatização do contador
criavam esse clima de magia que nos envolve até os dias de hoje.
Atualmente a imagem do contador de histórias ressurge com muita
expressividade, tornando-se inclusive uma atividade profissional,
isso porque compreende-se que essa prática é uma excelente
ferramenta pedagógica, porém não é apenas a área da educação
que tem se beneficiado da contação de histórias, na área da
saúde, por exemplo, o ato de contar histórias surge como
complemento de vários tratamentos físicos e psicológicos.
A
turma do 3 ano B teve o privilégio de ouvir a contadora de
histórias Rosane Freytag. Formada em letras e pedagogia, doutora em
história da literatura e literatura comparada, Rosane é professora
aposentada da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), seu
trabalho como contadora de histórias vem de longa data, inclusive
realizou por meio de projetos institucionais várias ações que
visavam promover a literatura.
A
hora do conto
Rosane,
assim como os narradores medievais, os pajés, griôs e outras
figuras que permeiam o imaginário dos povos durante séculos aparece
com um ar de mistério, com o chapéu de três pontas usado por
muitos contadores de histórias e um instrumento de sopro muito
parecido com um Mimé
- instrumento de sopro, aerofone, apito de taquara, também conhecido como
"Maués" por povos indígenas do
Brasil - deixou
as crianças encantadas.
Primeiro,ouve-se
o som do instrumento que anuncia o começo da história, todas as
crianças observam atentas. A primeira história é Maria vai com as
outras de Sylvia Orthof, com poucos recursos a contadora utiliza
apenas da linguagem corporal e da voz,as crianças não deixavam
passar nenhum movimento. Logo em seguida, a história Menina bontita
do laço de fita de Ana Maria Machado, conhecida pelos alunos por ser
um dos livros do projeto literário, a interação tornou a história
ainda mais encantadora, quando a contadora repetia a pergunta do
coelho, sem que fosse solicitado a turma falava em coro “menina
bonita do laço de fita, qual o teu segredo para ser tão pretinha?”.
Certamente
a experiência foi muito enriquecedora para todos nós. Muito obrigada
professora Rosane!
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